Personagem

Irene Pacheco Machado

O Bazar do Rema não é uma simples feira de arte. É muito mais. Ao lado de cada trabalho, de cada peça, existe uma história para contar. História de dedicação, de disciplina, de organização, de amor. O Bazar do Rema ensina como fazer caridade trabalhando. E Irene Pacheco Machado é o maior exemplo disso.

A Casa Espírita Recanto de Maria – Rema começou, há 36 anos, no dia 10 de novembro de 1976, no apartamento onde Irene morava, na 109 Sul, em Brasília. Era um grupo pequeno de senhoras e poucos senhores. Depois o Rema foi transferido para a QI 23 do Lago Sul, novo endereço de Irene e sua família. E lá ficou até o dia 10 de novembro de 1996, quando o Rema ganhou sua sede definitiva, na QI 15 do Lago Sul.

Irene é a médium que faz a ligação do mundo dos encarnados, no Rema, com o mundo espiritual. Aliás, são os Espíritos que orientam os trabalhos do Rema e, consequentemente, do Bazar. É Irene, portanto, o elo que une esses dois mundos. Ela acompanha o trabalho de todos os setores nos quais são produzidas as peças para o Bazar, além de participar ativamente da produção dos pratos servidos no restaurante nos quatro dias da feira natalina. Junto a tudo isso, é Irene quem faz os arranjos de Natal, únicos e criativos, vendidos na seção de Natal. São milhares de peças que passam por suas mãos, saídas de sua criatividade e inspiração.

Quando as centenas de caixas são colocadas nos caminhões para serem levadas ao Centro de Convenções, Irene está lá, quando as caixas são descidas dos caminhões, ela está lá. Quando começa a montagem das 13 seções, também. É Irene quem cria, decora e orienta a montagem da Seção de Natal, a maior área do Bazar. É ela, junto com a espiritualidade do Rema, quem vê se cada seção está à altura do público de Brasília. E quando tudo acaba, lá está ela, alta madrugada, fazendo o caminho de volta com os trabalhadores do Rema.

Georgina Zanetti Câmara

Mal acaba um bazar e Georgina Zanetti Câmara, vice-presidente do Rema, já está com sua pastinha embaixo do braço, correndo atrás da burocracia, fazendo contatos para viabilizar a próxima feira de arte natalina produzida pela Casa Espírita Recanto de Maria – Rema, no Centro de Convenções Ulysses Guimarães. Isso há mais de 20 anos.

Desde 1990 ela faz este trabalho de sair peregrinando por repartições públicas, Corpo de Bombeiros, Juizado de Menores, entre outros lugares. Ela batalha para garantir não só a realização do Bazar do Rema, como do Bazar Natalino das Entidades Filantrópicas e Assistenciais do DF e Entorno, que congrega 35 instituições, organizado e coordenado pelo Rema.

Georgina começou no Bazar do Rema muito antes de 1990, quando a feira, bem menor do que é hoje, era realizada em escolas, principalmente. No começo, seu parceiro de trabalho era Dirceu Machado, o grande pioneiro e primeiro presidente do Rema ― já desencarnado, um dos maiores trabalhadores para a construção da Casa Espírita Recanto de Maria e grande incentivador do bazar.

Com seus quase 80 anos, Georgina continua firme no trabalho. Alvará para funcionamento, contato com o Corpo de Bombeiros, contratação de empresa para segurança, para limpeza, para montagem dos estandes, providenciar posto médico, contratar seguro, esses são só alguns dos itens do trabalho de Georgina.  Mas o primeiro passo é dar entrada na papelada, com muita antecedência, para garantir o uso do Centro de Convenções, sem ônus para nenhuma das 35 instituições.

Além desse trabalho, Georgina também é responsável por uma seção no Bazar do Rema, a de Crochê, onde são vendidas toalhas para mesa, lavabo e cozinha, lindos bordados, crochê, richelieu, tudo com acabamento muito delicado. Ela também faz pratos para o restaurante, biscoitinhos para o Cantinho da Etiennette - a casa de doce já tradicional do Bazar- e ajuda muitas outras seções.

O Bazar do Rema


A história do Bazar do Rema começou há 36 anos, quando as senhoras que frequentavam a Casa Espírita Recanto de Maria passaram a confeccionar alguns artesanatos, para vender na época do Natal e empregar o dinheiro nas obras de caridade do grupo.

Octicília Sabino, presidente do Rema, lembra como tudo começou, em 1976. Pensando em custear o pequeno número de enxovais para recém-nascidos que eram distribuídos para mães carentes, Irene Pacheco e Octicília  decidiram fazer um também pequeno bazar. Pintaram colher de pau para enfeitar parede, bordaram panos de prato...

As peças singelas foram feitas no apartamento de Octicília, assim como o primeiro e o segundo bazares. De tão pequeno, o Bazar coube em um quarto do apartamento. Hoje está no Centro de Convenções Ulysses Guimarães e tem 13 seções, além do restaurante e da lanchonete. Só na seção de Natal devem caber muitos quartos do primeiro bazar.

Octicília recorda que começou fazendo quatro enxovais por ano para dar a mães necessitadas. Hoje o Rema distribui, anualmente, quase dois mil. No ateliê de costura montado na casa espírita, Octicília atualmente coordena o trabalho de 15 artesãs, verdadeiras artistas que, além dos enxovais, confeccionam peças para as diversas seções do Bazar, cuja qualidade e estilo não podem ser encontrados em qualquer lugar. São obras de arte.


Para saber mais sobre a história do Rema, acesse o site de nossa livraria:
http://www.rema.org.br/loja/produtos_descricao.asp?lang=pt_BR&codigo_produto=13